1 de ago. de 2010

Inclusivismo X Solus Christus

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Inclusivismo.

O inclusivismo é uma das respostas apresentadas para o problema soteriológico do mal, que procura apresentar possíveis soluções argumentativas para o destino final dos não-evangelizados, ou seja, como se dá a intervenção salvífica de Deus em terras virgens do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, ou ao menos, quais seriam os meios que porventura, Deus usaria para justificar alguém que habite em terras onde o evangelho pregado e anunciado permanece inacessível. O inclusivismo em seu pensamento conversor, não pretende, afirmam os inclusivistas, sob nenhuma hipótese, destronar o Cristianismo de seu fundador e Rei Jesus Cristo, pois alegam a exclusividade de salvação por meio de Cristo. Portanto, O inclusivista, quando na exposição da defesa do seu pensamento, jamais, segundo ele, comprometerá sua devoção ao verbo encarnado, que vem condicionando a salvação, sendo o meio pelo qual Deus resolve falar nesses últimos tempos. No afã de provar a idoneidade do pensamento inclusivista, John Sanders escreveu um livro (E aqueles que nunca ouviram?) sobre tema em nota, e no livro, Sanders apresenta alguns dos vultos que defenderam o pensamento inclusivista, são eles: Justino mártir, Abelardo, Erasmo de Roterdã, Zwínglio, John Wesley, William Shedd, A.H Strong, Karl Rahner, C.S Lewis e Wolfhart Pannenberg (pg. 24). Se analisarmos cuidadosamente os teólogos que segundo Sanders, apologizaram o pensamento inclusivista, veremos confirmada sua afirmação, alegando que os inclusivistas estão presentes nas mais diversas confissões e denominações. Portanto o inclusivismo é um pensamento que trilha sobre os teólogos, a despeito de possuírem diferentes definições em outros pensamentos. O primeiro ponto de apoio da crença inclusivista é o obstinado amor de Deus, ou como diz John Sanders, o Amor radical de Deus. Segundo a maneira inclusivista de compreender o Amor de Deus, Deus não se vê refém do tempo, nem da mensagem cristã anunciada para salvar os que jazem na escuridão, mensagem essa definida por Ele mesmo, mas não presente em alguns lugares. Daí, o amor de Deus é compelido a zelar por aqueles que partem sem terem ouvido a revelação especial de Deus, que é o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Jamais Deus permitirá que os ignorantes da mensagem do evangelho via-exposição escriturística, atravessem a outra vida, pela morte, sem que antes tenham tido a possibilidade de ouvirem o evangelho.O amor de Deus segundo os inclusivistas fala mais alto do que as suposições narcisistas e egocêntricas daqueles que não se preocupam com o paradeiro final daqueles que diferente deles próprios, não possuem a mesma oportunidade. Sendo o Evangelho uni – abrangente, pois leva sobre sua mensagem o Amor do Eterno, e diante da ausência da mensagem padrão, por Deus estabelecido para salvação, que é a revelação especial, Deus levará a efeito a mesma salvação por vias multifacetadas, manifestas por aquilo que é comumente conceituado de a revelação geral de Deus, tendo como pré-requisito ao não evangelizado a existência de uma fé que, a despeito de não ser associada diretamente a revelação de Jesus cristo, ele credita sobre tal revelação geral (pg. 40). A ação salvifica é realizada sobre os não evangelizados quando eles, no exercício da fé que manifestam, buscam a Deus pelos seus meios já concebidos, e alcançam do Deus verdadeiro, misericórdia, quando positivamente exercem essa fé. O inclusivismo superestima, ao seu modo, uma visão inclusiva do desejo de Deus na salvação, e subestima qualquer visão que delimite Deus a uma visão exclusiva. Deus é acolhedor, condescendente, longânimo, complacente, Todo-benevolente e tais epítetos não podem ser concomitalmente tecidos sobre a figura de um Deus que se antecipe em punir e condenar a reunir e salvar. Diante dessa defesa proposta pelos inclusivistas, alguém poderá questioná-los pela inexistência da pregação do lado esquerdo do julgamento de Cristo, a condenação, e tal questionamento deve sim ser respondido pelos inclusivistas, uma vez que não são universalistas. Para tal indagação, os inclusivistas manifestam-se dizendo que o inferno existe, bem como a condenação daqueles que rejeitam a salvação, mas não para os grupos menos favorecidos, ou mais discriminados. Deus abraça os convalescidos, os exauridos ao invés de bajular a casta hipócrita. Defendem que Deus sempre surpreende na salvação. Ele convida os excluídos para o banquete e os privilegia com o melhor vinho. Mesmo que essa defesa não pareça estranha às demais correntes existentes, essa é uma das bases que fundamentam o pensamento inclusivista, pois se Deus sempre favorece o excluído e isso é fato, aos mais distantes ser-lhes-ão de igual modo estendida tão grande salvação. No uso de sua misericórdia, Deus é tão abrangente, que até os esquecidos pelos conhecidos, serão por Ele reunidos no grande reduto espiritual, o reino do filho do seu amor, desde que para isso, respondam a Deus no exercício fiel daquilo que eles se identificam como fé ao seu deus, em resposta a sua revelação geral. Diante do já apresentado, tudo que fora dito, nada valeria para firmar um argumento bíblico se não houvesse um embasamento bíblico sobre o qual tal argumento possa ser balizado. As bases bíblicas que defendem o inclusivismo, segundo os inclusivistas são elas (Jo 12:32, At 10:43, 1 Tm 4:10 ).

Solus Christus

O inclusivismo é nocivo, é subjetivo, cheio de pressupostos, que são alimentados por vôos irresponsavelmente mais altos além do permitido e sua guinada máxima é dada sem o conceito da Soberania de Deus. Julgo ser uma boa intenção a busca frenética pelos inclusivistas de provar a autenticidade dessa doutrina, porém só de boas intenções não será feita uma doutrina bíblica, além do que, as aferições inclusivistas são insuficientes para apresentar uma cosmovisão consistentemente cristã. O inclusivismo em sua espinha dorsal, ladeada com supostas provas bíblicas procura analisar os textos onde a palavra salvação ou seus derivantes aparecem construídos com a palavra “TODOS”, senão vejamos um de seus versículos chaves: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos até mim.” (Jo 12.32). Esse versículo garante-nos, que o propósito pelo qual Jesus morre é eficientemente cumprido, pois é garantido por sua própria palavra. Esse texto não prova que pessoas sem o conhecimento, predispostas, com alguns valores morais, serão salvas, mas sim que Jesus cristo atrairá seu povo para si. Não há garantia alguma de que aqueles que por ele serão salvos não o verão conscientemente, ou se salvarão por um conhecimento ininteligível de Jesus, mas sim serão por ele atraídos e pelo conhecimento de sua morte e ressurreição, ademais, o inclusivismo procura resolver o problema soteriológico do mal sem ponderar por quais motivos culpáveis o homem agora se vê pecador, incapaz de por si só, lograr êxito na sua salvação.

Eis aqui, o que tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias.” Ec 7.29

A verdade que se obscura nos dias hoje, ao lado de uma teologia mancomunada com a proposta secularizante da pós-modernidade que relega Deus de sua soberania, é que o homem é pecador, nele não há bondade que o incline para Deus (Gn 6.5).

Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, falando mentiras.” Sl 58.3

Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol; a todos sucede o mesmo; e que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade, e que há desvarios no seu coração enquanto vivem, e depois se vão aos mortos.” Ec 9.3

E não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente.” Sl 143.2

Quem poderá dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado?” Pv 20.9


 O inclusivismo por carecer de base bíblica consistente, permanece no campo movediço das conjecturas. As escrituras revelam-nos que o conhecimento cristalino da obra substitutiva de Cristo é quesito necessário para nossa salvação: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (jo 17:3). E esse conhecimento só se dará satisfatoriamente pelo conhecimento que a palavra de Deus possui em sua exclusividade: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.” (Jo 7.38). A Escritura Sagrada não abre o leque para hipotecarmos sobre quaisquer meios além do já apresentado por ela mesma, que sem reservas apresenta-nos que a salvação sempre é, e sempre será antecedida pelo conhecimento de nossa dependência da graça que é conclusivamente manifesta em Jesus Cristo. O desejo desenfreado de sanar a questão soteriológica do mal superestima o homem, colocando-o em uma condição em que ele não está, conforme diz-nos a Palavra de Deus. Ele não está em condições legais para questionar a Deus por salvação, pois “Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia” (Rm 11.32). Não foi Deus quem se distanciou de nós, fomos nós que obstinadamente nos afastamos de Deus, e em decorrência dessa ação da qual somos plenamente responsáveis, Deus, no uso de sua justiça, julga-nos como culpados, e é isso que é inequivocamente declarado pelas escrituras (EF 2.1 - Rm 5.6). Sendo cada um de nós culpados por nossos erros, ante o Tribunal de Deus, agarrando-nos tão somente na graça que a nós se manifesta, oferecendo-nos a salvação que nós não merecíamos; como agora após o advento de Cristo, pela salvação, inquirimos de Deus que o mesmo agora apresente outros meios de efetuar a obra que ele, voluntariamente propôs em seu coração nos conceder, a despeito do juízo condenatório que justamente recai sobre nós como pecadores? Caso Deus não interviesse na terra, a favor da salvação humana, o que seria de nós? Essa pergunta não é nenhum pouco banal, pois fora feita de igual modo pelo Salmista:

“Se tu, SENHOR, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá?” SL 130.3

 O inclusivismo constitui-se numa argumentação ultrajante, egoísta e sobretudo antropocêntrica. Negar o Inclusivismo não significa restringir a magnitude do amor de Deus, pois esse amor já se manifesta pelas simples ação do Deus encarnado, que se revestindo de nossa restritibilidade humana, cumpre a lei a qual somos incapazes de cumprir, afim de que pela fé, confiemos em sua justiça, para que a mesma, pela fé seja imputada em nós. E por essa obra salvífica, Deus oportuniza ao ser caído, um único meio, uma única via, concedida por um único Deus, que exige dos pecadores uma única Fé. Quaisquer afirmações que se enveredem além do que a Palavra de Deus delimita, são meras especulações, impulsionadas por um mundo que a cada dia se distancia de Deus e de sua palavra, destronando assim a prova do seu amor, sua vinda sobre a terra, sendo mediada por ele, e somente por ele a salvação dos pecadores. Pela Escritura, certificamo-nos de que tais suposições estavam por Ela preditas, como sinais do fim dos tempos: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos, repentina perdição” (2 Pe 2:1). Confesso que recorrer a esse versículo para contra-argumentar o inclusivismo, pode parecer à primeira vista, como uma tentativa violentamente fundamentalista. Contudo, mesmo que os que advogam a favor do inclusivismo não estejam se enquadrando entre aqueles que pelos versículos acima são denunciados como disseminadores de heresias, a proposta inclusivista, co-participa a obra salvífica de Cristo e sua exclusividade com demais formas religiosas de compreender a salvação, e quando esse “trem” estiver completamente descarrilado, é no cumprimento da profecia bíblica acima que isso tudo chegará. Cristo não pode ser ladeado com demais deuses, pois a “via dolorosa que ele caminhou”, é suficientemente poderosa para prover salvação para todos os que nele hão de crer: “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1Jo 2:2). Quando os homens envolveram-se com ídolos, imputando sobre eles a Glória que só a Deus pertence, foram pelo Senhor veementemente repreendidos: “Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens” (Sl 115:4). Se fosse possível, efetivar a salvação de forma sincrética entre o verdadeiro Deus e os demais deuses, não haveria motivos justificáveis da existência de tal versículo na Bíblia, mas é como declarou John Macarthur: “A heresia vem montada nos lombos da tolerância”, e não há heresia mais imperdoável do que manipular as Escrituras para adequá-la a uma compreensão pós-moderna de se pensar em Salvação. O mundo em que vivemos não se vê dependente de um Deus, de uma Lei, não consegue se ver dependendo da visão de um Deus que a tudo governa e transitar sobre um mundo que para esse Deus nada acontece a contragosto, pois nos detalhes da vida, ele Reina. E no tocante a salvação, nós vemos um mundo onde se manifestam diversas formas de se compreender Deus, e sua relação com a humanidade. Sendo o Cristianismo mais uma delas, atribuir-lhe a notoriedade, sobrepujando-o dos demais, diante de um mundo de inúmeras religiões, será no mínimo contraproducente, quando o desejo é nivelar o cristianismo com qualquer religião que tenha uma ética moral, no mínimo aproveitável. Porém, o Deus que conhecemos por sua palavra, corta a história destituindo deuses que comparados a Ele, nada são. Ele destronou Faraó, deus dos egípcios, Dagom, o deus dos Filisteus, Baal deus dos cananeus, Bel deus dos babilônicos, e em Cristo, ele se apresenta como o caminho, a verdade, e a vida e condiciona unicamente sobre si, a via que conduzirá o homem a salvação, quando diz “ninguém vem ao Pai, senão por mim”I (Jo 14: 6). É possível inferir desse texto e de outros correlatos, algo além da declaração de que por Jesus, e unicamente pelo conhecimento sobre esse Jesus, o homem será salvo? Temos legalidade bíblica para entendermos a obra da salvação sobre outro fundamento, que não seja Cristo Jesus? Quando Cornélio apresentou-se diante de Deus como homem, piedoso, as suas obras não lhe foram suficientes para abraçar a salvação, senão pela palavra que fora dada a Pedro, que por ordem de Deus, a Cornélio revelasse: “A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos); Esta palavra, vós bem sabeis, veio por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou; Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At 10.36-37). E a todos quantos Deus quiser salvar, tal palavra será soberanamente dispensada, não importa quão longínquo estejam os pecadores, pois a Escritura Sagrada garante: “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6.37 – 1 Co 18.10), e Deus pela sua soberania, revelará ao pecador sua salvação, mesmo que nós, as vezes, devido ao nosso “conhecimento”, aprisionando Deus na torre de marfim de nossa exegese, não contabilizemos por não sabermos, aqueles a quem Deus tem se revelado: “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” (Mt 11:27). Deus salvará o seu povo, não importa onde habitem, nem a cultura pela qual estejam aprisionados, quando essa se interpõe contra o evangelho, e toda hipótese, construída sobre uma argumentação marginal, equiparando Jesus a outras formas de se compreender a fé, que não estejam fundamentadas pelas escrituras, devem ser repudiadas, mesmo que faça chover milagres, mesmo que unam todos os homens em concórdia (do ponto de vista religioso), pois nada podemos contra verdade senão pela verdade (2 Co 3.18).

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” At 4.12

 Essa verdade fez com que Paulo, dentro do Panteão, onde se cultuava a vários deuses, pregasse, a despeito das diversas compreensões de deuses ali existentes, O Deus por quem o mundo foi criado: “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; em tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação” (At 17: 24-26). Se caso estivéssemos na mesma condição, da experiência de Paulo, ante a uma diversidade de deuses, procuraríamos pregar com fidelidade a Fé em Cristo somente, ou reduziríamos a fé ao famigerado Sincretismo? Pois não renunciando essa verdade, porque sustentar a afirmação de que Deus a renunciaria, se valendo da compreensão que o mundo possa ter de deuses que não correspondem a sua Glória? “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura” (Is 42.8). Evidentemente, essa verdade tem sido preterida por uma visão mais racional ante ao pluriverso religioso que temos assistido. Mas aos que se rendem ao escrutínio da Palavra de Deus, não encontrarão nada além do Cristo, e a este crucificado (1 Co 2.2). O inclusivismo diante do crivo bíblico desmorona-se pela sua insuficiência e incoerência. Longe de apresentar a minha verdade, agarro-me naquilo que a Bíblia diz ser verdadeiro, e por ela declaro que, mesmo que porventura Deus, optasse por soberanamente intervir na história de outras formas mais, para salvar o homem, tal afirmação não poderia nunca, ser extraída da Bíblia posto que sobre algo além do Cristo revelado, ela se cala. Todos nós podemos ser classificados como povos não-evangelizados até que o evangelho se apresente a nós, e sempre o esforço evangelístico será justificado por aqueles que desconhecem o nome de Jesus, e isso soa-nos claramente como uma necessidade, ou seja, anunciarmos o nome de Jesus para que os que ainda não o conhecem, ouçam tal mensagem, para salvação. É como declara o Apostolo Paulo: “E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio” (Rm 15.20). É necessário que o precioso nome de Jesus Cristo seja anunciado entre os homens para salvação, pois do contrário: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão se não há quem pregue?” (Rm 10.14). Perceba a necessidade, declarada por Paulo de anunciarmos o nome de Cristo, pois deste conhecimento, como claramente é declarado, sobrevém-nos a crença para salvação. Selo minhas palavras, transcrevendo o texto que julgo ser decisivo sobre essa questão, que coloca-nos como puníveis diante de Deus, não importando onde habitemos.

Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. (Rm 1:  18-23, 2:12).

Onde a prédica não é cristocêntrica, não existe espaço para salvação, senão densas trevas de condenação.

Graça e Paz
Mizael Reis

27 comentários:

  1. Mizael,

    esse argumento inclusivista coloca Deus em xeque, pois, não seria então melhor não haver a encarnação do Verbo, nem cruz, nem crucificação, nem ressurreição, e Deus, por seu "amor geral e irrestrito" salvar a todos sem Cristo? [e aqui, digo, não acredito que Deus ame o réprobo, pois a Bíblia é clara em mostrar o contrário: sobre ele está a ira de Deus].

    Por que daria o Seu próprio Filho, se havia a chance de se ser salvo pela ignorância?

    E levar o Evangelho ao mundo, como nos ordena o próprio Senhor, no ver dos inclusivistas, ao invés de bênção é maldição, pois pode condenar aquele que tem grandes chances de ser salvo, se manter-se na ignorância.

    Como o irmão disse, a questão é antropocêntrica, onde tem-se de achar válvulas-de-escapa para o "coitadinho" do homem, o qual peca obstinadamente, afrontando a Deus; e ainda quer se safar à revelia do próprio Senhor.

    Não há nenhuma forma de salvação fora de Cristo, nem por omissão, inépcia, ignorância ou associação. O homem JÁ está condenado, como diz a Escritura e, portanto, se não ouvir falar de Cristo nem do Evangelho, manter-se-á condenado. Morto, resta-lhe a condenação eterna. E ponto final.

    Porém, aos que Deus elegeu, certamente esses ouvirão o Evangelho; Deus os colocará infalivelmente em contato com a Palavra, regenerando-os e capacitando-os a reconhecer Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas.

    É simples assim. Porque, afinal, é Deus quem faz, segundo a Sua vontade decretada antes da fundação do mundo, todas as coisas.

    Parabéns pela clareza de expor e defender a veracidade escriturística, rejeitando a tolice dos tolos, a insensatez dos insensatos.

    Grande abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

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  2. Jorge,

    Agradeço-lhe por seus comentários, sempre pertinentes. Sinceramente, eu também não entendo como alguém pode sustentar tamanha investida contra a Singularidade de Nosso Senhor Jesus.

    Deus seja conosco.

    Graça e Paz amigo.
    Mizael Reis

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  3. Paz do Senhor Mizael!!!

    Rapaz teve uma coisa que não entendi direito.
    Você citou esse texto: "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos, repentina perdição” (2 Pe 2:1)."
    Você quis dizer que eles: Justino mártir, Abelardo, Erasmo de Roterdã, Zwínglio, John Wesley, William Shedd, A.H Strong, Karl Rahner, C.S Lewis e Wolfhart Pannenberg. São hereges e falsos profetas?

    Se eu entendi direito o texto, penso que as pessoas de terras longínquas onde o evangelho é de difícil acesso, serão salvas, se Deus o assim o quiser fazer. Estou certo?
    Então se minha compreensão estiver correta, Deus irá fazer com que essas pessoas sejam salvas se manifestando a eles como fez com Abraão. Certo?
    E para terminar quero fazer uma pergunta:
    Como explicar a situação de pessoas que morreram sem a oportunidade de conhecer o evangelho da salvação em Cristo Jesus?
    Será que Deus se manifestou a eles como fez com Abraão?
    Creio que foi isso que esses homens (os inclusivistas) tentaram explicar.

    Um grande abraço!!

    Jean Patrik

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  4. Jean,

    Vamos lá:

    "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos, repentina perdição” (2 Pe 2:1)."

    Citei esse texto de forma precavida. Disse que o trem do inclusivismo, levado a efeito, descarrilará nesse precipício. O sincretismo do inclusivismo faz de Jesus um meio salvífico entre tantos outros.

    "Você quis dizer que eles: Justino mártir, Abelardo, Erasmo de Roterdã, Zwínglio, John Wesley, William Shedd, A.H Strong, Karl Rahner, C.S Lewis e Wolfhart Pannenberg. São hereges e falsos profetas?"

    Essa lista é apresentada por John Sanders em seu livro de assunto correlato ao texto acima. O ônus da prova é dele.

    "Se eu entendi direito o texto, penso que as pessoas de terras longínquas onde o evangelho é de difícil acesso, serão salvas, se Deus o assim o quiser fazer. Estou certo?"

    Serão salvas desde que lhe sejam apresentadas o Evangelho de Jesus Cristo. A Bíblia não endossa o inclusivismo. Não há evidência bíblica, pela qual posso afirmar que uma fé qualquer, desde que seja moralmente semelhante ao evangelho, salvará àquele que a pratica.

    "E para terminar quero fazer uma pergunta:
    Como explicar a situação de pessoas que morreram sem a oportunidade de conhecer o evangelho da salvação em Cristo Jesus?
    Será que Deus se manifestou a eles como fez com Abraão?"

    O homem nasce condenado. Ele não se torna condenado quando lhe é apresentado o evangelho. O Evangelho é que o resgata da condenação que ele merece, estendendo-lhe a salvação que não merece. Não há injustiça da parte de Deus em condenar o homem, como não houve injustiça da parte de Deus quando ele: Destruiu Sodoma e Gomorra, Eliminou os habitantes da terra de Canaã dando a Israel suas terras como herança, etc.

    "Creio que foi isso que esses homens (os inclusivistas) tentaram explicar"

    Estude o inclusivismo, analise suas implicações, e verá que ele não é tão palatável como se parece.

    Agradeço-lhe por sua participação.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  5. Você disse: "O homem nasce condenado. Ele não se torna condenado quando lhe é apresentado o evangelho. O Evangelho é que o resgata da condenação que ele merece, estendendo-lhe a salvação que não merece. Não há injustiça da parte de Deus em condenar o homem, como não houve injustiça da parte de Deus quando ele: Destruiu Sodoma e Gomorra, Eliminou os habitantes da terra de Canaã dando a Israel suas terras como herança, etc."

    Não sei não, mas achar que Deus pensa assim seria um pouco incoerente, visto que nós que samos a suas criaturas cheias de erros achamos isso injusto, quanto mais o nosso Deus fonte de toda Justiça.
    É como você bater em uma criança sem antes ter ensinado ela o errado.
    Essas pessoas sem o conhecimento do verdadeiro Deus são como crianças em seu entendimento, precisando entender o que é certo e o errado.
    Sendo assim, não consigo acreditar em um Deus que jugue sem antes ensinar.

    Jean Patrik

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  6. Jean,

    A Justiça de Deus não é precedia pela aprovação de nossa “justiça”. A Justiça divina, não é validade pela moralidade humana. A questão é: O Homem tem justiça, qualidade daquele que é justo? A resposta que obtemos da Escritura, é que o homem nasce pecador, bem como não possui intrinsecamente justiça, pois:

    “Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, falando mentiras.” Sl 58.3

    A Bíblia não diz que somos justos, pois Deus é àquele que imputa justiça ao ímpio, justificando-o:

    “Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.” Rm 4.5

    A nossa justiça não é nossa, senão do Deus-homem, quem por nós morreu:

    “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” 2Co 5.21

    “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,” Tt 3.5

    Pra que a Graça seja dignificada, precisamos compreender que somos pecadores dignos da condenação de Deus, do contrário a salvação será meritória, pelo que não mais teremos graça, senão a salvação pelas obras. Não somos pecadores porque ouvimos o evangelho, mas somos pecadores porque nascemos sem o evangelho:

    “Como, pois, seria justo o homem para com Deus, e como seria puro aquele que nasce de mulher?” Jó 25.4

    “Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.” Sl 52.5

    “Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não, nem sequer um.” Sl 53.3

    “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.” IS 53.6

    “Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque.” Ec 7.20

    Cont..

    ResponderExcluir
  7. Continuando..

    “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.” Ef 2.3

    Segundo o que se depreende do texto acima, é que o homem nasce digno do inferno (por natureza filhos da ira), tanto que, caso Deus levasse em conta a nossa iniquidade, nós simplesmente já não existiríamos, pois:

    “Se tu, SENHOR, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá?” Sl 130.3

    Sendo tão pecador, como a Bíblia diz que ele o é, o homem não pode inquirir de Deus salvação, ou ainda julgar como incoerente a ação de Deus, pela qual condena pecadores ao inferno. Além do que, dignificando o homem, de contínuo subestima-se a redenção por Cristo. Quem Cristo veio resgatar? Homens inerentemente hábeis à justiça, ou pecadores que padecem ao ermo, saciando-se em seus desvarios e pecados, e encontrando-os promete-lhes por meio de sua justiça a redenção de seus pecados? Pense sobre essas questões. Deus não nos ama por conta de nossos méritos, mas sim nos ama apesar de nossos deméritos. Sobre o inclusivismo, não sei se já entendeu seu conceito. Tal “doutrina” crê que Deus, por meio de outra fé, de outro deus, de outro dogma, ou pela correlação em atribuir divindade à natureza, salvará pecadores. Mas ante a isso, faço coro ao questionamento paulino e pergunto-lhe

    “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão se não há quem pregue?” Rm 10.14

    Acredita mesmo que, um budista no exercício de sua fé a Buda será salvo? Ou ainda é possível que, por meio dos escritos de Maomé poderá o ímpio ser justificado? Shiva trará a redenção ao pecador? Ou ainda, infere-se, pelas Escrituras, que ao olhar a natureza e devotá-la como Deus, ou nela ver Deus, o pecador será salvo de sua condenação? Quem apareceu a Abrão foi Deus, o Deus das Escrituras. Não foi um deus que por meio da mente sincrética de Abrão este o relacionou ao Deus verdadeiro, mas foi o próprio Senhor dos senhores. Abraão viu Deus. Viu Jesus:

    “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se.” Jo 8.56

    Isso nem de longe assemelha-se a proposta inclusivista que procura audaciosamente equiparar o Senhor Jesus ao demais deuses, ou ainda rebaixá-lo as obra feitas por mão humanas. Mas Deus reverberará em sua palavra:

    “Que mais tenho eu com os ídolos?” Os 14.8

    Outrossim, sua palavra nos afirma:

    “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” Rm 10.4

    Agradeço sua participação.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  8. Mizael,

    perdoe-me por não ler integralmente sua argumentação refutando o Inclusivismo. O que li, foi suficiente.

    Que o Senhor seja louvado pela clareza bíblica - inclusive pela orientação ao Jean Patrik.

    Em Cristo.

    veja se esta foto - sugestão para seu blog. http://4.bp.blogspot.com/_n8Ycl5hRFJI/TEMlya2hj0I/AAAAAAAAAm0/cBx5MMLIzOA/s320/Jesus_cross_empty.jpg

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  9. Paz do Senhor Mizael!!!
    Obrigado pela resposta, e pela preocupação.
    Mas a minha opinião ainda continua a mesma, não estou me relacionando ao inclusivismo, isso porque não acredito que esses homens (Justino mártir, Abelardo, Erasmo de Roterdã, Zwínglio, John Wesley, William Shedd, A.H Strong, Karl Rahner, C.S Lewis e Wolfhart Pannenberg) tenham cometido o erro de dizer que pessoas que não conheceram a Deus como nós viemos a conhecer, O conheceram através de outros deuses como: Shiva, Buda e Maomé, me desculpe, mas dizer que esses homens ensinaram isso é meio complicado.
    Nesse caso seria bom, que você encontrasse alguns livros desses estudiosos que falem sobre isso, e colocasse alguns textos contendo tais afirmações.

    Sobre justificação, tenho uma base pequena sobre esse ensino, e sei que ela está incluída na soterologia, contudo não irei levar esse dialogo a diante por falta de tempo já premeditando aonde irá parar.
    Sobre o futuro dessas pessoas, que morreram, e, morrerão sem conhecer o evangelho, prefiro me calar, para não ultrapassar o que está escrito (1Co.4.6).

    A verdade é que passei aqui para deixar esse link para que você de uma olhada nesse video.
    Veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=tTuwpYRYue4&playnext=1&videos=BoNJmmVaI-U&feature=sub

    Um grande abraço do seu irmão e conservo em Cristo,
    Jean Patrik.

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  10. Paulo Brasil,

    Agradeço-lhe por seu comentário e visita.

    Deus o abençõe.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  11. Jean,

    Vamos lá meu irmão.

    "Mas a minha opinião ainda continua a mesma, não estou me relacionando ao inclusivismo isso porque não acredito que esses homens [...] tenham cometido o erro de dizer que pessoas que não conheceram a Deus como nós viemos a conhecer, O conheceram através de outros deuses como: Shiva, Buda e Maomé, me desculpem, mas dizer que esses homens ensinaram isso é meio complicado.”

    Senão acredita, mas indaga-me sobre os rudimentos inclusivistas, então, ou você ainda não compreendeu as implicações inclusivistas ou realmente não concorda com o inclusivismo, mas incoerentemente, insiste em digerir a realidade de que, muitos, mesmo de renome nos redutos teologais, acreditaram no inclusivismo. Pluralismo religioso. É nisso que voluntaria ou involuntariamente o inclusivismo irá resvalar, ou seja, na crença da salvação por outros meios religiosos. Reflita: Se a salvação não for por meio da pregação do Cristo, como e por quem será? Evidentemente será por meio da fé que o não-evangelizado dispõe no momento, dizem os que advogam a crença inclusivista. E atendendo ao seu pedido, certifique-se disso por meio dos escritos de alguns dos vultos, que assim como John Sanders, defenderam O inclusivismo:

    "Eu acho que toda oração que é feita sinceramente, mesmo a um falso deus [...] é aceita pelo Deus verdadeiro e que Cristo salva muitos que não acham que o conhecem" C.S Lewis. (Mere Christianity, p. 176)

    “Pessoas em outras religiões que estão sendo guiadas pela influência secreta de Deus para se concentrarem naqueles pontos de sua religião que estão de acordo com o cristianismo, e que assim pertencem a Cristo sem saber”. (Citado em Evan Gibsom, C.S Lewis : Spiner of Tales p. 216)

    “ Verdadeiramente, Deus não se tem deixado de ficar sem testemunho. [...] Deus quer que todo ouçam acerca das coisas maravilhosas que seu filho tem feito. Mas o espírito age ativamente quando, onde e como ele quer, trazendo pessoas para um relacionamento com Deus, antes mesmo que o evangelho as alcance. ( E Aqueles que nunca ouviram? – p. 48)

    Continua..

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  12. “Deus está procurando aqueles que confiarão nele, e gentios podem confiar em Deus, mesmo que continuem desconhecendo a revelação especial. (E Aqueles que nunca ouviram? – p. 52)

    “A fé pode ser exercida tanto por judeus quanto por gentio, por evangelizados e não-evangelizados.” (E Aqueles que nunca ouviram? – p. 55)

    “Dos dois agentes que Deus se valeu, chamamos de paganismo a preparação negativa. Todavia, ela não foi inteiramente negativa.; foi também positiva. Justino Martir fala de um logos entre os pagãos. Clemente de Alexandria chama Platão de um Moisés da fala grega. Observe a atitude Sacerdotal de Pitágoras, Sócrates, Platão, Píndaro, Sófocles. [...] Confúcio, Buda, Zoroastro eram, quando nada, reformadores, que Deus, na sua providência levantou.” (Teologia Sistemática, Augustus Hopkins Strong – p. 1176)

    “ Toda a raça humana participou do logos, e os que viveram segundo a razão (λογου), eram Cristãos, embora fossem ateus.” ( Justino Martir, Apology, 1.46; 2.10,13)

    “ A idéia de que todas as religiões , a não ser a cristã, são obra direta do diabo, é judia., e agora se acha abandonada. Ao contrário, Deus se revelou à raça até onde esta tem sido capaz de conhecê-lo. Qualquer religião é melhor do que nenhuma, pois todas as religiões implicam moderação”. (E.G Robinson)

    Resta alguma dúvida?

    “Sobre justificação, tenho uma base pequena sobre esse ensino, e sei que ela está incluída na soteriologia”

    A justificação não está incluída na soteriologia como um apêndice. Ela é o cerne, a espinha dorsal do propósito redentivo, pois é isso que Jesus Cristo veio realizar, e toda sua obra salvífica se resume nisso: Justificar pecadores. Em Cristo, Deus é justo e justificador daqueles que pela fé crerão nele.

    Agradeço-lhe pela participação

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  13. Ola,
    gostaria de deixar minha perspectiva sobre o assunto... tomara não cause isso nenhuma indignação,


    está nessa página: http://alduartenomade.blogspot.com/2010/08/o-culto-ao-jumento.html

    abraço a todos
    graça e paz!

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  14. Mizael,

    fui até a página do Al Duarte esperando por uma "perspectiva sobre o assunto", e o que li foi a gratuidade da não-perspectiva, ao ponto de ser impossível identificar qualquer posição dele que pudesse se aproximar ou se distanciar do seu texto; nem mesmo pode-se dizer que tenha aventado o assunto, não há argumento nem contra-argumento, apenas palavras escritas uma atrás da outra loucamente. Acho até que estava a falar muito de si, e usou a Bíblia como "mote", uma espécie de projeção de si mesmo.

    Mas o que me deixa mais estarrecido, o que prova o nível de inteligência dessa turma, é que insistem em dizer que conhecem a Cristo desprezando a Escritura. Fica uma pergunta: de qual jeito e por qual meio é possível o conhecimento de Cristo sem a Bíblia? Ou seria o "Jesus" dele, outro?

    Quanto ao Jean Patrick, utilizando-me de uma frase do Dr. Lloyd-Jones, ele é sincero, mas está errado. Leia Romanos 9 e 10, especialmente, e veja se o inclusivismo é possível na fé bíblica.

    No mais, parabéns mais uma vez pelo texto e por suas respostas, Mizael!

    Cristo o abençoe!

    Grande abraço!

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  15. Engraçado, caro Jorge,escrevi a algum tempo um texto que contempla algumas dessas suas ARGUMENTAÇÕES. Incluve, gostei desse insulto de eu estar falando "fora de mim", estaria eu inspirado,então?...rs... bem, contando o senso de humor, ai esta a página do texto, que escrevi muito antes das suas CONTRA-ARGUMENTAÇÕES. Primeiro, não me interessa isso de briguinhas, só penso que quanto mais sincero e mais sincero e mais interessado na VERDADE, mas aberto deve-se ser para outras perspectivas, por isso, resolvi expor a minha. Mas,claro, sempre espero fudamentalismos! No entando, acho que nosso interesse mutuo em Jesus, deve bastar para evitar briguinhas!

    ai vai
    http://alduartenomade.blogspot.com/2010/07/dialogo-acerca-da-fe-na-biblia.html

    abraços!
    graça e paz!

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  16. Meus caros colegas, eu não estou aqui defendendo o inclusivismo, e nem Calvinio com suas doutrinas e pensamentos sobre a justificação.
    Mas o que estou defendendo de uma forma indireta é o homem de terras longínquas, que não terá a oportunidade de receber o evangelho para ser salvo.
    Vocês podem escrever o que for, mas não acredito que Deus mandará tal pessoa para o inferno sem essa ter tido uma oportunidade para ser salvo. Digo isso por ter provado desse amor inefável (Amor de Deus).

    Sobre os estudiosos citado acima, me parece verídico o que você disse - não sei se irei estudar sobre isso devido ao tempo - cedo ou tarde estarei pesquisando sobre o assunto.

    Quando disse que a doutrina da justificação estava incluída na soterologia, achei que deveria entender em que sentido eu quis dizer.

    Estou lendo um livro bastante interessante, "Maravilhosa graça" de Philip Yancey. Ainda estou analisando ele de uma forma crítica, porém pouco a pouco o livro amplia a minha visão a qual eu tinha sobre a graça de Deus.
    Penso que os irmãos que não leram deveriam ler, às vezes acredito nele (escritor) quando ele diz que gastamos muita energia defendendo aquilo que temos como verdade, e nesse tempo perdido, muitas pessoas morrem querendo conhecer o que tivemos o privilégio de conhecer.

    Jean Patrik

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  17. De uma olhadina:
    http://adrubensherbst.blogspot.com/2010/08/doutrina-da-justificacao.html

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  18. Jean,

    Você diz "eu não estou aqui defendendo o inclusivismo" e ao mesmo tempo insiste em replicar "não acredito que Deus mandará tal pessoa para o inferno sem essa ter tido uma oportunidade para ser salvo". Isso é uma contradição de termos. A segunda afirmação não é outra coisa, senão o próprio inclusivismo, ou seja, achar que pessoas terão oportunidade de serem salvas sem o Cristo, é crer que por meio de outro "cristo" tais pessoas serão salvas. Digo com todo amor e respeito, amado, defina-se (biblicamente), afim de que não andemos sobre círculos, sobretudo, para que não nos apoiemos nos “achismos” que sempre são “fabricados” à margem do martelo irrefutável das Escrituras Sagradas. Ora, não é biblicamente possível favorecer a visão inclusivista e de contínuo laborar a seu favor. Compreenda a natureza do problema: Muitas pessoas já morreram sem que pudessem ter ouvido a mensagem do evangelho, que se dá como cremos (os que não crêem no inclusivismo) única e exclusivamente pelo evangelho pregado (O conhecimento direto de Jesus Cristo). Portanto, o destino dos não-evangelizados, não será um problema, ela já o é, posto que muitos com disse já partiram para a eternidade, sem terem ouvido a mensagem do evangelho. Repito: Sua afirmação segunda, por mim destacada, não é outra coisa senão o inclusivismo.

    "Estou lendo um livro bastante interessante, "Maravilhosa graça" de Philip Yancey."

    Esse livro de Philip Yancey, nem de longe consitui-se numa obra doutrinário-teológica sobre a justificação. Trata-se de um livro que fala, de forma bem prática por meio de inúmeras experiências, sobre a graça que Deus dá aos homens, afim de que a exerçam (horizontalmente), através do perdão.

    “gastamos muita energia defendendo aquilo que temos como verdade”

    Medite na palavra, A doutrina precede a legitima prática da missão da Igreja:
    “Guia-os em tua verdade, a tua palavra é a verdade.” (Jo 17.17)
    “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” (2 Co 3.18)
    Deixo-lhe um conselho: Leia Philip Yancey com bastante critério, pois ele não é tão bíblico como parece ser. Ele faz parte daquele rol de escritores (Ricardo Gondim, mo Sung, Brennam Manning entre outros), que gostam de filosofar sobre a fé, redefinindo-a a luz das exigências do mundo.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  19. Mizael, esse debate vai longe, já dura séculos, tanto eu, como você, não irá consegui conscientizar um ao outro do que se passa dentro de nós com nossos pensamentos.
    Ex: Eu não consigo entender e acreditar como Deus irá condenar pessoas que não tiveram a oportunidade de conhecer o evangelho.

    Essa é a interpretação que tenho a respeito desse assunto:

    "Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida" (Rm.5.18).

    E as pessoas que não tiveram a oportunidade de receber essa graça para a sua justificação?
    Deus não leva em consideração o tempo da ignorância (At.17:30). Para essas pessoas ele ainda continua a se revelar (manifestar) pela a sua criação (Rm.1.20). Pois a vontade de Deus é "que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade"(1Tm.2.4). Isso porque Deus não tem prazer na morte de um ímpio (Ez.18.23,32 e 33.11).
    Poderia ir adiante citando textos bíblicos, para provar que não precisa ser inclusivista para entender a salvação de pessoas que foram salvas e serão salvas por esse método de Deus escrito em Rm.1.20, mas o tempo não me permiti.
    Vamos crer que Deus pode se manifesta a essas pessoas como se manifestou a Abraão (Gn.12.1...), mas nunca condená-las antes sem saber o final da história dessa humanidade que é a coroa da criação de Deus.

    Sobre o livro do escritor Philip Yancey, percebi que ele não "bíblico" ou teológico, mas como eu disse antes, estou lendo-o e analisando de maneira bem crítica, ou melhor, com critério.

    Paz do nosso Senhor e Salvador Jesus!!!
    Jean Patrik

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  20. Jean,

    "Deus não leva em consideração o tempo da ignorância (At.17:30). Para essas pessoas ele ainda continua a se revelar (manifestar) pela a sua criação (Rm.1.20)"

    Você é inclusivista, e ainda não percebeu. Estude mais a respeito. Em outro tempo mais oportuno, retomaremos nossa relexão.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  21. Jean,

    Repito: O Deus que se revelou a Abrão foi o próprio Deus Soberano. Não há sincretismo de religiões aqui, a ponto de que por meio deste episódio seja defendido o inclusivismo. Inclusivismo é pluralista, ou seja, em sua definição acredita na salvação por meio de outras religiões. O Deus de Abraão é o Deus da Bíblia, de modo que, se há possibilidade de provarmos uma doutrina por meio desse episódio, essa é o restritivismo (Salvação somente pelo conhecimento do evangelho), isso porque Deus não se valeu de deuses hindus, ou egípcios, ou mesmo o deus sin, venerado na terra pagã de Abrão (o deus que veneravam), mas sim Ele mesmo, o Deus Todo Poderoso, à parte desses deuses, revelou-se pessoal e diretamente a Abraão.

    Graça e paz
    Mizael Reis


    Graça e Paz
    Mizael

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  22. Amado, bastante importante seu texto e esclarecedor para aqueles que tinham algumas dúvidas. Devemos lembrar também que Paulo havia dito: "Todo aquele que pecar sem a lei, sem a lei também perecerá, e todo aquele que pecar sob a lei, pela lei será julgado." Rm 2.12

    Ou seja, todos os habitantes da Terra serão julgados conforme aquilo que tiveram acesso. Ao que nos dá a entender, Paulo não diz que (supondo apenas) o índio ou a tribo retirada no meio da floresta será julgado pela Bíblia (aqui me refiro a bíblia física, o livro palpável que temos em mãos, pois eles nunca tiveram essa biblia), mas pelos preceitos que a bíblia nos diz. Paulo deixa claro esse assunto em Rm 1. 18-23

    Certamente concordo com você de que não há inclusivismo e que Deus não salvará tais pessoas que não ouviram falar do evangelho. Tais pessoas também serão "indesculpáveis perante Deus", pois Deus se revelou a elas através da criação.

    Se quiser me responder, peço que respondas em meu email ou em meu blog. golgotablumenau@gmail.com

    Um abraço!
    Filipe Luiz C. Machado
    www.2timoteo316.blogspot.com

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  23. Felipe,

    Agradeço-lhe por sua presença e comentário. Vou respondê-lo da forma sugerida e visitarei seu blog a fim de conhecê-lo melhor.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  24. É lamentável, mas neste texto só vi longos e intermináveis debates filosoficos etc etc etc.

    Não vi, por exemplo, citações de textos como João 1.9 que diz: "Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo...".

    Não vi Atos 17.27 "para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós".

    Não vi uma palavra sequer a respeito de Melquisedeque (que é a resposta para esse problema dos que não ouviram).

    Não vi também empatia (se colocar no lugar dos outros). Você gostaria de estar na situação dos "não alcançados e nunca ser alcançado pelo evangelho".

    Enfim, leia este ebook

    http://www.revistacrista.org/literatura_Revista006.htm

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    Respostas
    1. Olá,

      Respeito sua posição, mas discordo do fato de classificar o texto como filosófico, alcunha da qual busco me distanciar tanto quanto me for possível. Textos bíblicos foram citados e o fato de eu não ter citado estes prova que eu não espero que eles ressoam conclusões que inclusivistas esperam ouvir, ou seja, eles são óbvios aos que não acreditam no inclusivismo.

      "Todo homem" em João 1.9, em razão do contexto de todo o capítulo não pode significar nada que penda para o inclusivismo, já que a luz que alumia é rejeitada, logo, não é algo dado em favor de todos, indistintamente, mas é algo que pode chegar a todos, por meio da clareza que emana da luz verdadeira. Ela alumia, mais propriamente testemunha, mas os homens a rejeitam. Não é o caso de concluir que a luz alumia a todo o homem sem a mensagem daquele que, de forma personificada, é chamado de a própria luz. Não mesmo. O texto não fala que há uma luz alumiando fora da mensagem do evangelho no centro da qual se encontra o próprio Jesus Cristo. Ele não tem ou dá uma luz. No contexto, Ele é a luz rejeitada.

      Em atos 17.27 nós vemos uma verdade mais clara quanto a esta questão. Eu realmente não vejo nada que possa concluir inclusivismo.
      Paulo não está dizendo que um deus qualquer é uma entidade divina pela qual homens podem "tatear" o Deus verdadeiro. Paulo dista o verdadeiro Deus dos ídolos nomeando-o de um Deus desconhecido. Os pagãos não conhecem o verdadeiro Deus e ponto. Eles precisam conhecê-lo e na continuidade do texto, Paulo não propõe filosofia sincrética, mas prega a Cristo. Veja o contexto.

      Quanto a Melquisedeque, o vejo como Jetro, que sendo de uma terra que não era a da nação eleita, ele conhecia o verdadeiro Deus. De novo, inclusivismo propõe sincretismo. Fala de verdades encontradas em religiões, chamadas de religiões implicitamente verdadeiras, por meio das quais o inalcançável pode ser salvo. Melquisedeque é sacerdote do Deus verdadeiro, e não de um deus falso. Ele adora o Deus de Abraão. Isso é puro e simples cristianismo restritivista segundo o qual quem salva é o Deus verdadeiro somente, somente.

      Quanto àquilo pelo qual fui chamado, pense que não é questão de empatia, mas de respeitar a verdade de Deus. Não ajo corretamente se não olho para a verdade da Palavra de Deus e suavizo uma realidade. Ao invés de Paulo tentar propor tal coisa pecaminosa, ele pergunta, não sem lágrimas, creio eu: "Como ouvirão se não há quem pregue?”.

      Você já sabe a resposta, certo? Ninguém! Ninguém será salvo sem Cristo. A única solução pela qual mostraremos mais amor do que hipocrisia, se manifesta quando pregamos Cristo, e não quando ladeamos falsos deuses com o único Deus verdadeiro. Se colocar no lugar dos outros não se equivale a propor, inevitavelmente, uma ideia inclusivista, que não existe nas Escrituras.

      Cristo o abençoe.

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  25. Boa noite meu amigo!
    muito gratificante, porem confuso o dialogo aqui proposto, digo isso devido minha ignorância no assunto.
    Tenho uma grande dificuldade em compreender como alguém que não teve acesso a tradição pode ser condenada, porém se a salvação pode chegar a estas pessoas fora da tradição, pergunto: Porque fazemos missões?
    digo isso não afirmando mas buscando respostas e entendo que elas virão com a busca pelo conhecimento.
    Gostaria de entender um pouco mais sobre o restritivismo. inclusivismo e o pluralismo dentro do contexto soteriológico.
    Para isso peço a indicação de bibliografias confiáveis sobre os assuntos para estudar.
    Desde já grato!

    Gilberto souza

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  26. Thiago.calvino1020@hotmail.com ei mizael mi chama la no facebook ou pelo email Tiago.calvi@hotmail.com

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